Tecnologia sem educação

Tomei a liberdade de copiar o post de Vitorino Seixas no Blog da Formação para reflexão:

"Na entrevista “El poder tiene miedo de Internet”, Manuel Castells afirma que o mais importante não é o acesso à Internet mas sim o acesso ao trabalho e à carreira profissional.

P. Si Internet es tan determinante de la vida social y económica, ¿su acceso puede ser el principal factor de exclusión?

R. No, el más importante seguirá siendo el acceso al trabajo y a la carrera profesional, y antes el nivel educativo, porque, sin educación, la tecnología no sirve para nada. En España, la llamada brecha digital es por cuestión de edad. Los datos están muy claros: entre los mayores de 55 años, sólo el 9% son usuarios de Internet, pero entre los menores de 25 años, son el 90%.

P. ¿Es, pues, sólo una cuestión de tiempo?

R. Cuando mi generación haya desaparecido, no habrá brecha digital en el acceso. Ahora bien, en la sociedad de Internet, lo complicado no es saber navegar, sino saber dónde ir, dónde buscar lo que se quiere encontrar y qué hacer con lo que se encuentra. Y esto requiere educación. En realidad, Internet amplifica la más vieja brecha social de la historia, que es el nivel de educación. Que un 55% de los adultos no haya completado en España la educación secundaria, ésa es la verdadera brecha digital."

Temos, como educadores, de assumir duas nobres tarefas:

A primeira relaciona-se com a educação de adultos, cativando e motivando os adultos para diminuir o fosso que existe com as gerações mais novas;

A segunda é educar as gerações mais novas para que saibam o que fazer com a tecnologia (e connosco).

3 comentários:

Anónimo disse...

Ponto muito bem abordado, estava refletindo sobre isso outro dia, antes de fazer uma inclusão digital é preciso educar, mostrar como essas ferramentas tecnológicas poderão ser utilizadas. A educação de adultos é outro ponto a ser ressaltado, não podemos esquecer que muitos sentem uma vontade gigantesca de continuar a educação, isso por que sem ela, se sentem excluidos socialmente, mas por outro lado, os metodos utilizados para a educação desses adultos acabam por muitas vezes desencorajando-os.
um abraço, e até a próxima,

Marco - www.educultirsao.blogspot.com

Anónimo disse...

Oi Marco!

Obrigado por sua reflexão.
Neste momento Portugal está assistir a uma grande mobilização na educação de adultos e, para além de ter uma abordagem menos escolarizada, tem adaptações à sociedade actual ao propor uma língua estrangeira e TIC. Creio que é aqui que nasce a "vontade gigantesca" de continuar.

Cumprimentos,
LVila

Antero Ferreira disse...

Saliento alguns pontos essenciais desta entrevista:

1. A Internet não favorece o isolamento e o individualismo, as pessoas que mais "chateam" são as mais sociáveis;

2. A afirmação de que: "Sem a educação a tecnologia não serve para nada!". Penso que com o desenvolvimento desta ideia, Castells põe o dedo na ferida. Podemos ter acesso a cada vez mais informação mas se não tivermos capacidade, como ele diz, de procurar a informação onde ela está e saber o que fazer com ela, então vamos continuar na mesma ou pior. Castells afirma que a Internet vai contribuir para aumentar ainda mais a verdadeira divisão social - o nível de educação. Na linha do que temos conversado sobre a WEB2.0 penso que poderíamos considerar aqui educação como o "processo de transformar a informação em conhecimento" e não tanto o conhecimento técnico o domínio das ferramentas tecnológicas.